IA em saúde: Joint Commission e CHAI lançam guias e certificação

A The Joint Commission, principal entidade de acreditação em saúde nos Estados Unidos, firmou uma parceria estratégica com a Coalition for Health AI (CHAI), organização sem fins lucrativos incentivada por profissionais clínicos. O objetivo: criar diretrizes para o uso responsável de inteligência artificial (IA) em saúde e implementar uma certificação específica para esse fim.

Alcance e impacto

A Joint Commission credencia mais de 23.000 organizações de saúde nos EUA, representando mais de 80% dos hospitais e programas do país. A CHAI, por sua vez, agrupa cerca de 3.000 entidades, incluindo centros acadêmicos, hospitais regionais, startups, órgãos governamentais e grupos de pacientes.

Playbooks, ferramentas e certificação

Ambas as instituições planejam lançar ainda em outubro de 2025 uma série de playbooks, ferramentas de implementação e uma certificação para uso responsável de IA em ambientes de saúde. Os materiais serão fundamentados em padrões baseados em evidências da Joint Commission e nas melhores práticas de consenso elaboradas pela CHAI.

Por que isso importa?

O uso de IA, incluindo modelos generativos, vem crescendo rápido no setor de saúde. Em 2024, 46% das organizações de saúde dos EUA já estavam adotando IA em fase inicial. Apesar do potencial de melhoria na qualidade do cuidado, segurança do paciente e eficiência, há risco de falhas operacionais, vieses algorítmicos e falhas éticas. As novas diretrizes visam mitigar esses perigos e fortalecer a confiança entre médicos, pacientes e instituições .

Frases dos protagonistas

Jonathan B. Perlin, presidente e CEO da Joint Commission, afirma:

“Em uma década, nada vai transformar mais a saúde do que a IA […] Mas só é eficaz se feita da forma correta. Trabalhando com a CHAI, estamos criando orientações para que organizações apliquem essa tecnologia com segurança e confiança.”

Já Brian Anderson, CEO da CHAI, complementa:

“Juntos, estamos liderando a transformação da saúde data‑driven […] com IA em todos os programas, para elevar a segurança e melhorar resultados para todos.”

Michael Pfeffer, CIO da Stanford Health Care, reforça que a iniciativa deve acelerar inovação, mitigar riscos e ampliar o potencial da IA na prática clínica, beneficiando fluxos de trabalho e segurança do paciente.

Etapas previstas

  • Outono de 2025 (entre setembro e novembro): lançamento oficial dos playbooks e ferramentas
  • Após essa fase: implantação da certificação de IA

Conclusão

Essa aliança entre credibilidade científica, alcance estruturado e rigor profissional cria uma base essencial para a adoção segura e confiável da IA na saúde. Quanto mais ampla e consistente a adesão às diretrizes, mais robusto será o avanço tecnológico com impacto positivo e ético no cuidado ao paciente.


Fonte: The Joint Commission & CHAI
Link para a notícia original: Healthcare IT News

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