Em uma carta publicada no The Guardian em 11 de maio de 2025, o Dr. Roman Raczka, presidente da Sociedade Psicológica Britânica, enfatiza que, apesar dos avanços da inteligência artificial (IA) na área da saúde mental, ela não deve substituir o suporte humano essencial no tratamento psicológico. Ele reconhece que ferramentas como chatbots podem oferecer um espaço anônimo, sem julgamentos e acessível 24 horas por dia, o que pode ser útil como complemento aos serviços presenciais existentes.
No entanto, o Dr. Raczka alerta que a IA não é capaz de replicar a empatia genuína e a conexão significativa proporcionadas por profissionais humanos. Há preocupações de que a dependência excessiva da tecnologia possa criar uma ilusão de interação significativa, sem oferecer o suporte emocional necessário. Além disso, questões relacionadas à privacidade dos dados e à dependência tecnológica são destacadas como riscos potenciais.
Diante das longas listas de espera do NHS (Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido) para suporte em saúde mental, pode ser tentador considerar a IA como uma solução completa. Contudo, o Dr. Raczka enfatiza que a IA não é uma solução mágica e deve ser integrada de forma cuidadosa para apoiar, e não substituir, o cuidado liderado por humanos. Ele reforça a necessidade contínua de investimentos governamentais na força de trabalho de saúde mental para garantir que aqueles que enfrentam dificuldades possam acessar suporte presencial e oportuno.
Fonte:
The Guardian. “AI therapists can’t replace the human touch”. Publicado em 11 de maio de 2025.Link: https://www.theguardian.com/society/2025/may/11/ai-therapists-cant-replace-the-human-touch
