Um estudo internacional envolvendo Hong Kong e EUA revelou uma inteligência artificial pioneira que analisa imagens da retina para prever o risco de Alzheimer. A ferramenta, desenvolvida por i‑Cognitio e parceiros, foi validada com cerca de 13.000 imagens retinianas de 648 pacientes com Alzheimer e 3.240 controles cognitivamente normais, alcançando sensibilidade de 93 %, especificidade de 82 % e precisão global entre 80 % e 92 %.
Como a IA funciona
Baseada em aprendizado profundo (deep learning), a tecnologia analisa alterações nos vasos e nervos da retina – considerados uma ‘via de acesso’ ao cérebro – sem uso de métodos invasivos como PET ou punção lombar.
Vantagens
- Não invasivo e rápido: o exame retiniano é convencional em clínicas oftalmológicas, e a IA fornece resultado instantâneo.
- Custo eficaz: reduz necessidade de exames caros como PET ou biomarcadores.
- Robusto em presença de comorbidades: continua eficaz mesmo com doenças oculares como degeneração macular e glaucoma .
Próximos passos
Pesquisadores planejam expandir a aplicação em comunidades, com plataforma que combine dados de vasos e nervos retinianos obtidos por fotografia de fundo de olho e OCT (tomografia de coerência óptica). O objetivo: identificar casos de alto risco em fase inicial e iniciar tratamentos preventivos, como terapias anti-amilóide, para retardar a progressão.
Por que essa inovação é importante
- Acelera o triagem populacional de Alzheimer, transformando exames de rotina dos olhos;
- Facilita o tratamento precoce e personalizado;
- Pode aliviar o impacto econômico do Alzheimer, que tende a crescer com o envelhecimento global.
Fonte
Notícia originalmente publicada por HealthNews.pt com base em dados de i‑Cognitio, Humansa e CU Medicine.
Fonte: HealthNews.pt



